História do domínio antonini.com.br

História do domínio antonini.com.br


Publicado em 5 de março de 2023

Hoje este site completa 25 anos, mas sua origem remonta a 1997, quando foi hospedado no extinto sites.uol.com.br, espaço de 512kb, isso mesmo, quinhentos de doze quilobits, no qual era possível publicar algumas páginas e foi sob o endereço vladimir.sites.uol.com.br que a saga começou.

As duas primeiras publicações no vladimir.sites.uol.com.br foram Recordações de vidas passadas e Efeito nocebo, em dezembro de 1997.

Em 5 de março de 1998, quando o registro este domínio foi deferido pela FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, que era o órgão de controle da internet brasileira naquelas épocas. A internet era levada tão pouco a sério que não existia sequer um órgão federal que a regulamentasse, sendo vista como terra de ninguém ou reduto de nerds ou de gente que não tinha o que fazer.

O registro de um domínio, naqueles tempos heróicos, era muito difícil e caro. O primeiro requisito sine qua non (sem o qual) era ter uma empresa constituída com contrato social registrado na Junta Comercial do Estado, inscrição estadual e CNPJ válido e ativo na Receita Federal, documentos que eram de apresentação obrigatória, juntamente com a guia de recolhimento do tributo de registro do domínio. Após protocolado o pedido, os novos registros de domínio eram aprovados em sessões plenáriias do câmara da FAPESP encarregada dos registros de domínios, que se reunia apenas uma vez por mês.

Inicialmente foi contratado um plano de hospedagem de 50MB (megabytes) junto a empresa de hospedagem de domínios chamada Interway, mas que devido a falta de um suporte técnico efetivo, foi trocada pela Conex Ltda, uma empresa gaúcha com um filial aqui em Curitiba, que disponibilizava 150MB, na qual o domínio ficou hospedado durante mais de sete anos, até ter seu servidor próprio (imagem abaixo), montado em uma máquina com uma placa mãe Soyo K7VTA-PRO, com 256MB de RAM, processador AMD Athon Thunderbird de 1.333MHz (era muito poderoso) e disco rígido de 100GB Quantum Fireball, e também um IPv4 (Protocolo de Internet versão 4) fixo contratado da extinta empresa GVT (Global Village Telecom). Servidores de internet precisam de um IP fixo.


A GVT foi comprada pela VIVO e o aluguél do domínio continou contratado agora desta nova empresa, mas a velocidade era de apenas 15Mb (o b minúsculo significa bits e não bytes) que resultava em uma velocidade, em bytes, de 1,75MB (um byte equivale a 8 bits) de download e de 10% dos 15Mb de upload, que é a velocidade de saída. Na prática, a velocidade do site era de 175KB, o que não era suficiente para abrir uma imagem imediatamente, mas continuou funcionando nesse arranjo até 2018, quando após problemas de conexão e mudanças na política de aluguél de IPs pela VIVO, o contrato foi rescindido e o domíno hospedado, às pressas, em uma VPS (virtual private server ou servidor virtual privado), uma "gambiarra" contratada junto ao UOLHOST com quase o mesmo arranjo do servidor próprio, mas com a diferença de ter apenas 100GB de espaço, e o contratante fornecendo o IPv4 fixo, incluído no preço do serviço.

Em 2021, o UOLHOST mudou sua política de VPS, obrigando os usuários a assinarem plano separado de e-mail e como este domínio tem seu próprio servidor de e-mail instalado, o recebimento e envio de e-mails do domínio acabou bloqueado pelo UOLHOST, levando à mudanca de provedor de hospedagem, agora assinando um plano de hospedagem no Hostgator, que também não era lá aquelas coisa, mas dava para trabalhar.

Em 2023 o Hosgator começou a exigir dos clientes que cuidassem da segurança de suas VPSs, desobrigando-se de previnir os ataques às máquinas virtuais dos assinantes, bloqueando aquelas que fossem invadidas por piratas virtuais que na maioria esmagadora dos ataques exploravam brechas de segurança nos plugins e temas do Wordpress, tirando-as da rede. Esta prática desonesta da Hostgator obrigou a retornar o domínio para o servidor doméstico, que hospedava, desde 2005, o domínio antonini.psc.br (domínio de profissional liberal, registrado em 2001), hospedado nesta máquina aqui, na época, hoje hospedado nesta aqui. Este novo arranjo utiliza um IPv6 fixo, roteado pela empresa norteamericana No-Ip que faz o mesmo papel do inútil Registro.br, autarquia pública que trabalha apenas e tão somente para as operadoras de telefonia e provedores de internet tupiniquins, nunca para o contribuinte que paga impostos e a sustenta.

Lá se vão 25 anos de muitas experiências e publicações
Quando editei minhas primeiras paginas ainda não existia a web 2.0. Estávamos na web 1.0 ou web primitiva na qual não existia interação entre pessoas e sistemas ou páginas.

Era o tempo do HTML estático. Não existia, ainda, linguagens dinâmicas como java, php, asp e o javascript (não confunda com o java, que é uma linguagem propriamente dita) ainda engatinhava.

O tempo passou e surgiram as linguagens dinâmicas e com elas nasceram os CMSs (Contents Manangers Systems - ou Sistemas de Gerenciamento de Conteúdo) baseados nestas linguagens dinâmicas.

O pioneiro dos CMSs foi o PHP-Nuke, baseado na linguagem livre PHP e possibilitava a criação de conteúdo interativo como chats, enquetes, fóruns e outros recursos que permitiam às pessoas interagirem com a rede. Depois surgiram o Jomla, o Drupal, e diversos outros, destinados ao mesmo fim do PHP-Nuke.

Recentemente surgiram o Moodle, destinado ao gerenciamento de conteúdos educacionais e, por último, surgiram os gerenciadores de blogs, como o Blogger e o Wordpress.

Desde o início, em 1998, eu produzia meu conteúdo em HTML estático. Comecei fazendo "no braço" ou "na unha", como dizem os programadores "raíz". Depois passei a usar o Word 97 do Office 97 Pro e em 2000, passei para o Front Page 2000 e por último utilizei os editores Coffie Cup e DreamWeaver CS3.

Com o tempo os editores de HTML ficaram obsoletos e os CMSs (content Manager Systems) ficaram mais práticos e comecei a testá-los. Comecei pelo PHP-Nuke, o primeiro deles que hoje não existe mais. Depois tentei o Drupal e o Jomla e acabei no Wordpress, o mais simples e estável, mas com o advento da era mobile, à qual, devido aos dispositivos, plataformas e paradigmas podemos chamar de Web 3.0, os gerenciadores de conteúdo mostraram seu primeiro e maior inconveniente: o peso para abrir páginas. Por peso para abrir páginas entenda-se a demora em entregar o conteúdo na tela do dispositivo e o consumo de dados.

Nos planos de banda larga móveis (Internet móvel) paga-se por quilobaite (KB) baixado e os gerenciadores de conteúdo consomem muitos KBs para mostrar uma página.

E por que isso acontece?
Os CMSs armazenam o conteúdo de suas páginas em tabelas de bancos de dados como o PostgreSQL (livre), o M$-SQL (propriedade da Micro$oft), o MySQL (licença GPL, mas propriedade da Oracle), o MariaDB (fork do MySQL e de licença livre) e ao receber uma solicitação, ou seja, um clique em algum atalho (link), o gerenciador tem que percorrer todas as tabelas do banco de dados, encontrar o conteúdo solicitado, organizar, formatar e entregar à tela do dispositivo, mas isso demora, além de consumir banda. Com o aumento no número de páginas publicadas as tabelas de conteúdos (posts) aumentam de tamanho, demandando mais esforço do gerenciador na sua leitura e, consequentemente, aumento no tempo e no consumo.

Qual a saída?
A melhor saída para este problema é o retorno ao velho e bom HTML estático, apesar dele tem um problema sério: para criar páginas neste formato é necessário ou conhecer a linguagem HTML ou então utilizar um editor web. Existem diversos editores web. O mais famoso (e caro) é o DreamWeaver, sendo o mais completo em termos de recursos, mas seu preço é proibitivo (US$1.500,00 dólares). É possível fazer paginas HTML usando o MS-Word e também o LibreOffice ou ainda, os excelentes Bluefish e Bluegriffon, que são editores livres, desenvolvidos originalmente para Linux, mas que tem versões para o M$-Windows.

Finalizando, deixo aqui um conselho: NÃO USEM O WORDPRESS em hospedagens contratadas em provedores comerciais. Seus plugins e temas feitos por terceiros são recheados de brechas que piratas virtuais exploram para injetar vírus, códigos maliciosos ou mesmo para tirar da rede sítios que denunciem crimes e abusos de todo tipo.

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