6 de novembro de 2013 | Autor: antonini
Os médicos que tentam aprovar este
fármaco no Brasil estão agindo sob tutela e patrocínio da indústria
farmacêutica que os paga para desafiar a conservadora Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
A droga Lorcaserina foi aprovada pelo FDA para alguns casos, não
para todos, sendo classificada por aquela agência na classe IIb,
categoria A na qual são incluídos fármacos com evidência de
eficácia, mas que necessitam de maiores pesquisas por não ter,
justamente, um estudo multicêntrico tendo sido conduzido apenas com
um grupo de 3.182 pacientes em situação de extremo controle, com
pessoas de mesmo tipo étnico, dieta, modo de vida e cultura.
Não foram feitos testes multicêntricos com pacientes das mais
diversas raças e etnias existentes no planeta, sendo esta uma
condição limitante para a liberação de um fármaco para o público em
geral e para tratamento de todos os quadros de obesidade,
independente das comorbidades existentes.
Outro fator que depõe contra a liberação desta droga é a pouca
informação ou conhecimento sobre o mecanismo de ação da droga.
Sabe-se apenas que ela é uma agonista de receptores 5HT2C, mas não
se sabe exatamente como a droga atua na ativação deste receptor,
existindo mais dúvidas que certezas quanto aos efeitos possíveis,
tanto benéficos quanto maléficos de curto, médio e longo prazo e
devido principalmente a estas incertezas, a ANVISA, que é muito mais
conservadora e cautelosa que o FDA e não libera fármacos sem ter
certeza de sua segurança, suspendeu o registro da droga no Brasil
até que estudos mais abrangentes e esclarecedores forneçam maiores
informações sobre a Lorcaserina. Leia mais