17 de dezembro de 2016 | Autor: antonini
Em post anterior afirmei que rodar o
M$-rWindows em processadores ARM era uma questão de sobrevivência
para a Micro$oft e a sorte dela foi ter tirado Steve Ballmer da
presidência e colocado o indiano Satya Nadella em seu lugar.
Ballmer com sua teimosia e arrogância, não enxergava ou se recusava
a enxergar que sistemas como Android e iOS (iPhone, iPad) embarcados
em dispositivos móveis (smartphones, tablets e outros) equipados com
SoCs (system on a chip ou sistema em um chip) ARM (Advanced RISC
Machine) estavam ganhando o mercado em escala geométrica e
condenando o M$-rWindows a “comer poeira” na corrida pelo mercado de
computação pessoal.
A questão crucial aqui é que o M$-rWindows que estão tentando
adaptar aos processadores ARM é o mesmo escrito para plataforma X86
e rodará por emulação em processadores ARM levando a uma redução
significativa no desempenho com diminuição da velocidade e no poder
de processamento. A Micro$oft desenvolveu uma versão para a ARM
chamada M$-rWindows RT, mas ele foi um desastre porque não
rodava os programas que os usuários estavam acostumados a usar e
exigem que continue havendo compatibilidade com eles.
Qual a diferença entre o ARM e o X86?
Está na quantidade de componentes de processamento disponíveis no
processador. Como visto acima, ARM significa Advanced RISC Machine.
O RISC do nome significa Reduce Information System Component, algo
como informações reduzidas e componentes do sistema que leva o chip
a processar um número menor de instruções de cada vez. As intruções
que serão processadas vem dos programas e são agrupadas ou
codificadas por uma camada de componentes que as envia ao(s)
núcleo(s) para serem processadas. Após o processamento, essa camada
decodifica, novamente, as informações e devolvem seus resultados aos
programas de origem.
Os processadores X86 são conhecidos como CISC ou Complete
Information System Componets ou alguma coisa como informações
completas de componentes do sistema, no qual as intruções vem
diretamente dos programas, são processadas e devolvidas.
Usuários leigos podem pensar que os CISCs, devido a essa
característica de processamento direto das requisições dos programas
são mas rápidos que os RISCs, mas é exatamente o contrário. Os RISCs
são muitas vezes mais rápidos e ainda, por processarem menos
instruções, consomem uma quantidade de energia elétria centenas de
vezes menor que os CISCs, o que os leva a sreinar absolutos nos
dispositivos móveis. A Intel tentou desenvolver processadores X86
para dispositivos móveis a partir de sua linha Atom que foram
adotados pela ASUS em sua linha Zenfone, mas não obteve resultado em
termos de consumo energético, tanto que recentemente a gigante do
ramo de processadores abandonou o projeto e a ASUS lançou sua
terceira geração da família Zenfone com processadores ARM. Os
Zenfones I e II eram autênticos beberrões de bateria fazendo uma
analogia grosseira, era como um carro Smart-For-To com motor de 3
cilindros turbo, 84 cavalos de potência que faz 25 km com um litro
de gasolina, comparado com um motor Dodge Dart RT equipado motor de
8 cilindros, 210 cavalos de potência e autonomia de 3 km por litro
de gasolina.
O M$-rWindows, como a Micro$oft declarou, rodará em modo de emulação
sendo ainda mais lento. Quem desejar ter uma ideia de como será o
desempenho do Windows em modo de emulação, instalem-no em máquinas
virtuais como o Virtualbox ou o VMWare e usem-no durante um dia,
avaliando bem os resultados antes de comprar um equipamento ARM com
Windows. Leia mais aqui