Desde que a fisiologia se tornou uma ciência séria, já se sabe que os hormônios influenciam o psiquismo e diferenciam as mulheres dos homens. Onde está a novidade neste estudo? Isolaram algum hormônio novo? Não! Este estudo é apenas mais um dos muitos com objetivo único: alavancar ou catapultar algum nome ou carreira de candidato a cientista. Leiam o artigo abaixo, escrito por C. Clairborne Ray, do jornal The New York Times e transcrito do UOL Notícias e tirem suas conclusões.
uitas pesquisas históricas têm atribuído a diferença dos hábitos de choro do homem e da mulher a pressões sociais. Mas um eminente pesquisador sobre as lágrimas, William H. Frey II, que teorizou, há três décadas, que chorar tinha uma função excretória de alívio do estresse, acredita também numa diferença hormonal.
Frey, bioquímico e farmacologista que hoje é diretor do Centro de Pesquisa de Alzheimer no Regions Hospital, em St. Paul, Minnesota, diz que homens e mulheres possuem mais de determinados químicos nas lágrimas que têm origem em emoções, ao contrário do que ocorre com as lágrimas que caem em resposta a estímulos físicos, como cortar cebola. Entre essas substâncias estão os hormônios prolactina (associado à produção de leite) e adrenocorticotrópico, e o neurotransmissor leucina encefalina – todos liberados quando o corpo está sob estresse
Autor de “Crying: The Mystery of Tears” (algo como “Chorando: O mistério das lágrimas”, de 1985), Frey especula que, como as lágrimas das mulheres mostram níveis significativamente mais altos de prolactina entre os 15 e os 30 anos de idade, a diferença pode estar associada a lágrimas frequentes, para excretar o estresse. Também se sugere que a própria prolactina estimule as lágrimas em ambos os sexos.