5 de junho de 2010 | Autor: antonini
Richard Christopher Wakeman nasceu em 18 de maio de
1949 em Londres.
Por
Antonio Carlos Saraiva Coelho
Começou a estudar piano muito cedo
por influência de seu pai, Cyril Frank Wakeman, também pianista.
Aos 10 anos Rick ganhava todos os concursos de piano dos quais
participava. Na adolescência matriculou-se na “Academia Real de
Música” mas não ficou por muito tempo. Os professores o achavam
rebelde demais e não gostavam do modo como Rick interpretava
certas peças clássicas ao piano. Sua diversão era fugir das aulas
e se esconder no museu da Academia onde ficava horas tocando
instrumentos antigos como o cravo. Quando deixou a academia,
participou de alguns grupos musicais de jazz e blues sem alcançar
muito sucesso. Tocava em bares e passou a dar aulas de piano. Logo
arranjou emprego como músico de estúdio, passando a participar de
centenas de gravações de vários artistas, entre eles: Cat Stevens,
Elton John, David Bowie e o grupo folk inglês Strawbs. David
Cousins, líder dos Strawbs, gostou tanto do trabalho de Rick que o
convidou para fazer parte do grupo. Wakeman gravou dois discos
como membro do Strawbs; “Just a Collection of Antiques And Curios”
(1970) e “From The Witchood” (1971). Rick fazia um trabalho
fantástico em estúdio, mas era ao vivo que realmente arrasava.
Durante os shows do Strawbs sempre lhe davam um espaço para que
fizesse seus longos solos. Isso pode ser conferido no disco “Just
a Collection…” gravado ao vivo. Os jornais especializados
começaram a comentar as atuações do cara. Num desses shows estavam
na platéia Jon Anderson e Chris Squire do Yes. Ficaram
impressionados com o que viram . Era justamente de alguém como
Rick que eles estavam precisando. Foi feito o contato e Rick
apareceu para o ensaio do disco Fragile. Já andava mesmo de saco
cheio do Strawbs. . .
ANOS 70, A MAGIA
No Yes, Wakeman passou a se apresentar ao vivo rodeado de teclados.
Usava também uma comprida capa brilhante que, junto com sua
cabeleira loura, formava um tremendo visual. Com o Yes grava os
discos “Fragile”(1971), que foi muito bem recebido pela crítica,
“Close to the Edge”(1972), com a faixa título ocupando um dos lados
inteiros do LP, “Yessongs” (1973) ao vivo, enquanto paralelamente
prepara seu primeiro disco solo “The Six Wives Of Henry VIII”
(1973). Alguns trechos do que viria a ser esse trabalho podem ser
apreciados já no disco “Yessongs”. Começam os rumores de que Rick
estaria deixando o Yes para se dedicar a carreira solo. “Six Wives”
é considerado pela crítica seu melhor trabalho até hoje. O disco era
completamente instrumental e contava com a participação de seus
colegas do Yes, assim como alguns ex-colegas do Strawbs. Em 1973,
após a gravação do duplo “Tales From Topographic Oceans” com o Yes,
deixa o grupo em meio a muita briga. A crítica massacrou esse disco.
Rick também não gostou de “Tales From…”, inclusive dando declarações
negativas para a imprensa. Isso deixou o ambiente ainda mais
carregado entre os outros membros da banda que já não suportavam
mais o “estrelismo” de Wakeman. Rick parte para a carreira solo e no
começo de 1974 apresenta ao vivo o que viria a ser seu maior sucesso
em todos os tempos, “Journey To The Centre Of The Earth”, uma ópera
rock baseada no livro de Julio Verne, acompanhado da Orquestra
Sinfônica de Londres e do Coral de Câmara Inglês, além de uma banda
de rock e um narrador. O disco vendeu, e ainda vende, milhões em
todo o mundo e Rick definitivamente virou Superstar. Sai em turnê
pela Europa, Estados Unidos, Japão e Austrália. Estádios lotados e
sucesso absoluto. Começa então a trabalhar em um projeto ainda mais
arrojado tendo como tema a lenda do Rei Arthur. “The Myths And
Legends Of King Arthur And The Knights Of The Round Table” de 1975
também conta com a participação da Orquestra Sinfônica de Londres e
do Coral de Câmara Inglês, além de uma banda de rock. Para as
apresentações ao vivo Wakeman não deixou por menos e montou um balé
no gelo ao estilo “Holiday on Ice”. O show foi um sucesso mas mesmo
assim deu prejuízo, tantas eram as pessoas envolvidas no projeto. A
gravadora não topou mais bancar as megalomanias de Rick e o dinheiro
começou a acabar. Durante a turnê, Rick Wakeman, então com apenas 25
anos, sofre um princípio de infarte sem maiores conseqüências. A
crítica começa a descer o pau e Rick decide acabar com as
mega-apresentações e passa a atuar apenas com sua banda de rock.
Nesse mesmo ano lança a trilha sonora do filme “Lisztomania” de Ken
Russell, além de fazer uma ponta como ator no filme. No final de 75
recebe um convite da Rede Glodo para apresentar no Brasil a “Viagem
ao Centro da Terra” e o “Rei Arthur” ao lado da Orquestra Sinfônica
Brasileira e do Coral da Universidade Gama Filho. O show fazia parte
do encerramento do Projeto Aquários daquele ano. O Projeto Aquários
era uma iniciativa da Rede Globo e visava popularizar a música
clássica. Dessa forma, nada melhor do que convidar Rick Wakeman para
o encerramento. Como a Globo iria bancar todas as despesas com a
orquestra e coral, Rick topou na hora. Aquele foi um dos primeiros
grandes shows de Rock a passar pelo Brasil, antes de nosso país
entrar na rota das bandas internacionais. Wakeman lotou o
Maracanãzinho no Rio, o Ginásio da Portuguesa em São Paulo, além de
se apresentar em outras capitais. As narrações foram feitas em
português pelos atores Paulo Autran, em São Paulo e Murilo Neri no
Rio de Janeiro. Durante sua visita pelo Brasil jogou futebol no
Maracanã contra um time de artistas brasileiros entre os quais
estavam Paulinho da Viola e Chico Buarque. Foi uma Festa! Em 76
lança o interessante “No Earthly Connection” que acabou não vendendo
muito. Pelos planos de Rick o disco seria um álbum duplo, mas a
gravadora não liberou o dinheiro necessário. Em 77, cheio de
problemas financeiros e fugindo do imposto de renda inglês, Rick
passa a morar na Suíça. Lança a trilha sonora “White Rock” e começa
a trabalhar no ótimo “Criminal Record”. Ainda em 77, para surpresa
dos fãs, Rick volta ao Yes, mas antes ainda participou da gravação
de alguns discos do Black Sabbath como músico de estúdio. Como Rick
não estava podendo por os pés na Inglaterra, a banda resolve gravar
seu novo disco, o fantástico “Going For The One”, na Suíça. Wakeman
ainda contou com a participação dos colegas do Yes em “Criminal
Record”, com certeza um de seus mais belos trabalhos. O movimento
Punk havia começado na Europa e trabalhos elaborados como os de Rick
ou Yes começaram a perder a atenção do público e também das
gravadoras. Isso tudo veio a se agravar com o lançamento do filme
“Os Embalos de Sábado a Noite” com John Travolta e o “estouro” da
“Discomusic” logo a seguir. O Yes lança em 79 “Tormato” com um som
um pouco mais “moderno” mas que não salvou o disco do fracasso.
Nesse mesmo ano Wakeman lança o álbum duplo “Rhapsodies” incluindo a
música “Pedra da Gávea” feita em homenagem ao Rio de Janeiro e rompe
com a gravadora A&M da qual era contratado desde os tempos do
Strawbs. Logo em seguida, no começo de 1980, deixa mais uma vez o
Yes.
ANOS 80, OS SELOS INDEPENDENTES
Em 81 assina com a gravadora Charisma e lança “1984”, ópera rock
baseada no livro de George Orwell. O disco marca algumas mudanças na
carreira de Rick. Além da nova gravadora, pela primeira vez Wakeman
pede ajuda de alguém “de fora” para a composição das letras. O
escolhido foi Tim Rice, famoso pelo trabalho realizado anteriormente
em outras óperas rock como “Evita” e “Jesus Cristo Supertar”. Além
da presença de uma orquestra e coral, o disco tem a participação da
cantora Chaka Kan e do vocalista do Yes, Jon Anderson, entre outros.
A excursão inclui o Brasil onde mais uma vez lotou ginásios. Ainda
em 81, lança a trilha sonora para o filme “The Burning”. No ano
seguinte sai seu disco mais estranho até então, “Rock’n’Roll
Prophet”, onde Rick se atreve a cantar. Até então sempre havia
convidado cantores para participar de seus discos. O disco é lançado
pela gravadora independente Moon Records, o que logo o tornou uma
raridade. Na contra capa do disco, Rick aparece ao lado da modelo e
atriz inglesa Nina Carther, com quem viria a se casar. Nessa época
Rick estava passando por uma situação difícil, dois casamentos
fracassados e problemas com a bebida alcóolica. O casamento com Nina
teve importante papel na reabilitação de Rick. Passam a morar na
Ilha de Man, na costa Inglesa, e adotam a religião Batista, que
viria a influenciar os futuros trabalhos de Wakeman. Em 83, ainda
pela Charisma, lança a trilha sonora oficial da copa do mundo de 82
“G’olé!”, seu último disco a ser lançado no Brasil até então, e “The
Cost Of Living “ também com a colaboração de Tim Rice. A partir
desse ano, para desespero dos fãs colecionadores, seus discos passam
a sair por gravadoras independentes européias. Rick começa a
trabalhar em um ritmo cada vez mais frenético lançando até seis
discos por ano. Trilhas sonoras, música New Age, discos pianísticos,
rock e música religiosa. Muitos trabalhos são apenas curiosidades e
interessam apenas aos colecionadores como por exemplo “In The
Beginning” de 1990, em que Rick faz apenas um fundo musical enquanto
sua esposa Nina lê trechos da Bíblia. Dos trabalhos lançados durante
os anos 80 podemos destacar os seguintes discos:
– O pianístico “Country Airs” de 86, que deu início a uma trilogia
que viria a ser completada com “Sea Airs” (1989) e “Night Airs”
(1990).
– O ambicioso e belíssimo duplo “The Gospels” de 1987, onde Rick faz
quatro mini oratórios de 20 minutos cada, um para cada Evangelho da
Bíblia. Conta com a participação do tenor Ramon Remédios e um coral.
– “A Suite Of Gods” de 1988, outro belíssimo disco com sonoridade
New Age gravado em parceria com o tenor Ramon Remedios.
– “Time Machine” de 1988, disco basicamente de Rock que tem, entre
outros convidados, o cantor Roy Wood da Electric Light Orchestra.
Em 1989, Rick Wakeman é convidado por Jon Anderson a participar de
um projeto que reuniria antigos membros do Yes. Ao lado de Steve
Howe e Bill Bruford grava o disco “Anderson, Bruford, Wakeman, Howe”
resgatando toda a sonoridade dos tempos áureos do Yes. Inicialmente
o quarteto iria adotar o nome de Yes, mas o baixista Chris Squire,
que não quis de reunir aos antigos colegas, entrou com um processo
na justiça proibindo o uso do nome. O fato é que o disco do “ABWH”
vendeu bem, o que originou uma bem sucedida turnê que pode ser
conferida no CD duplo “An Evening Of Yes Music Plus” e também no
vídeo do mesmo nome.
ANOS 90, A VOLTA DO PROGRESSIVO
Os anos 90 começam com uma certa nostalgia da década de 70. Vários
“dinossauros” do Rock voltam às atividades em suas formações
originais. Os discos de Rick Wakeman continuaram a ser lançados às
dezenas. Em 91, durante as gravações do que seria o segundo disco do
“ABWH”, Chris Squire aparece no estúdio e é convidado a tocar em
algumas músicas. Imediatamente, Jon Anderson tem uma idéia
mirabolante; reunir em um único disco os principais músicos que
passaram pelo Yes. Foi aí que foi lançado o “Union”, disco do Yes
que reúne pela primeira vez juntos o vocalista Jon Anderson, os
guitarristas Steve Howe e Trevor Rabin, os tecladistas Rick Wakeman
e Tony Kaye, o baixista Chris Squire e os dois bateristas Alan White
e Bill Bruford. Após o lançamento do disco, saem em turnê pela
Europa e Estados Unidos. Nunca se viu coisa igual na história do
Rock. O palco ficou pequeno para tantas “feras”. Infelizmente, o que
é bom dura pouco. Como havia vários empresários e advogados
envolvidos, logo começaram os desentendimentos e Rick Wakeman mais
uma vez deixa o Yes. Ainda foi convidado por Trevor Rabin para
participar do disco “Talk” de 93, mas recusou. Em 93, junto com o
filho Adam, também tecladista, lança o CD “Wakeman With Wakeman”.
Vem ao Brasil pela terceira vez e se apresenta ao lado do filho em
várias capitais. Os dois inclusive concederam uma divertida
entrevista no programa Jô Soares Onze e Meia. Adam passa a ter
importante participação nos futuros trabalhos do papai Rick, tanto
em apresentações ao vivo como em estúdio. Além disso o garoto também
já tem sua própria carreira com três discos solo já gravados. Os
discos de Rick continuam saindo às dezenas.
Nos anos 90 destacamos:
– “Black Knights In The Court Of Ferdinand IV” de 1990, ao lado do
cantor e baterista italiano Mario Fasciano. O disco é belíssimo e
tem, como curiosidade, as canções todas cantadas no dialeto
napolitano.
– O fantástico “King John And The Magna Charter” de 91, que apesar
de não ser acompanhado por uma orquestra tem um som épico muito
parecido com o “Rei Arthur”.
– “Romance Of The Victorian Age” de 1994, em que Rick ao lado do
filho Adam interpreta belas composições ao piano.
– “The New Gospels” de 1995, que é uma versão revista e ampliada do
belo “The Gospels”, lançado originalmente em 87. Disco que reafirma
com toda a força sua fé cristã.
No final de 1996, Rick Wakeman retorna mais uma vez ao Yes para
algumas apresentações e a gravação do disco “Keys To Ascension”. O
CD era duplo, sendo que um dos discos tinha o registro de uma
apresentação ao vivo e o outro faixas inéditas gravadas em estúdio.
Houve um novo desentendimento. Wakeman queria que o disco com as
gravações em estúdio fosse lançado separadamente do disco ao vivo.
Segundo ele, o Yes estaria desperdiçando um ótimo material de
estúdio lançando o disco naquele formato. Mais uma vez Wakeman
estava fora do Yes e, segundo ele, definitivamente. É esperar para
ver. No ano seguinte, o Yes lança “Keys To Ascension II”, outro
duplo no mesmo formato do anterior; um disco ao vivo e outro em
estúdio, ainda com a participação de Rick nos teclados. A crítica
especializada adorou o disco de estúdio, chegando até a compará-lo a
“Going For The One” de 1977.
RETORNO AO CENTRO DA TERRA
Desde que acabou sua “fase áurea” no final dos anos 70, Rick Wakeman
tem se virado como pode para fazer o tipo de música no qual sempre
acreditou. Teve problemas financeiros, problemas de saúde e muitos
de seus projetos continuam engavetados simplesmente por falta de uma
gravadora que acredite nele. Para se ter uma idéia da situação de
Rick, basta dizer que ele teve de vender os direitos autorais da
maioria de suas obras, incluindo aí todos os clássicos dos anos 70!
O fato de não se render ao esquema das grandes gravadoras o obrigou,
no começo dos anos 80, a partir para os selos independentes. Mas nem
tudo está perdido. No final de 1997 uma grande multinacional, a EMI
Classics, ofereceu a Rick a oportunidade de gravar um novo “épico”
ao estilo de “Viagem ao Centro da Terra” e “Rei Arthur”.
Imediatamente, Rick tirou de seu arquivo “Return To The Centre Of
The Earth”, obra em que ele vinha trabalhando há alguns anos, mas
que não tinha esperanças de vir a gravar algum dia. Depois que
recebeu carta branca da EMI, rescreveu toda a obra e contratou a
Orquestra Sinfônica de Londres e o Coral de Câmara Inglês. Escolheu
como narrador o ator Patrick Stewart, mais conhecido como o capitão
Jean Luc Picard da série Strar Treck a Nova Geração. Convidou os
cantores que queria, entre eles: Ozzy Osborne, Trevor Rabin do Yes e
Justin Hayward do Mood Blues. Rick passou o ano de 98 inteiro
trabalhando nas gravações, que foram feitas nos mais diferentes
estúdios da Europa e Estados Unidos. “Return To The Centre Of The
Earth” é bem uma continuação de “Journey To The Centre Of The Earth”
só que muito mais elaborada. “Return…” tem o dobro do tamanho de
“Journey…”, ou seja, mais de 75 minutos. O CD foi gravado no sistema
“Dolby Surround” isto é, o feliz proprietário de um aparelho “Home
Theater” vai ter uma experiência e tanto. Trata-se de uma obra
prima, e é impossível para um fã de Rick Wakeman, que o acompanha
desde o início, não se emocionar ao ouvir o CD. A EMI deu a Rick a
idéia de lançar “Return…” em janeiro de 1999, justamente em
comemoração aos 25 anos de “Journey…”. O problema é que no final das
gravações, em dezembro de 98, Wakeman teve novo problema de saúde.
Uma forte pneumonia parou um de seus pulmões e reduziu pela metade a
capacidade do outro, devido a estafa a que Rick vinha se submetendo
durante as gravações. Durante a fase de finalização dos trabalhos
ele simplesmente não dormia. Felizmente tudo correu bem, e em Março
de 1999 o disco foi lançado mundialmente, inclusive no Brasil. Mesmo
com todo o agito em cima do lançamento de Return…, Rick Wakeman não
pára. Só para se ter uma idéia, no primeiro semestre de 1999, mesmo
com o lançamento de “Return…”, foram lançados quatro CDs inéditos
por gravadoras independentes:
– “Stella Bianca Alla Corte Di Re Ferdinando” lançado somente na
Itália em parceria com o cantor e baterista Mario Fasciano, com quem
já havia gravado “Black Knigths…” em 1990.
– “White Rock II”, instrumental
– “Art In Music Trilogy” e The Natural World Trilogy”, dois CDs
triplos de sonoridade New Age.
Em janeiro de 2000, foi lançado o CD pianístico “Preludes To a
Century” e “The Chronicles Of Man”, outro pianístico. Segundo Rick,
já estão compostas todas as músicas para um trabalho a ser lançado
em parceria com Keith Emerson! Rick Wakeman é dono de uma das
maiores e mais variadas discografias da história da música. É
impossível dizer com precisão quantos trabalhos solo e participações
já realizou até hoje. Quando pensamos que a coleção está completa,
sempre ficamos sabendo de um outro disco que não consta dos
catálogos. Possivelmente nem o próprio Rick tenha idéia da
quantidade exata de trabalhos lançados. Para finalizar, fica a frase
dita por Rick em uma entrevista; “Há apenas dois tipos de música; as
que são lembradas e as que são esquecidas.” Com certeza a música de
Rick Wakeman tem lugar entre as músicas que são lembradas.
OS HERDEIROS
Dois filhos de Rick Wakeman, também tecladistas, já começaram suas
carreiras. O mais conhecido é Adam Wakeman, que tem acompanhado o
pai nas excursões e também em alguns discos. Já lançou alguns
trabalhos solo sem muita importância para o público do Rock
Progressivo.
O outro herdeiro é Oliver Wakeman. Já lançou dois CDs. O primeiro é
o belíssimo instrumental “Heaven’s Isle”. O segundo trabalho
chama-se Jabberwocky e foi lançado no inicio de 1999 em parceria com
o também tecladista Clive Nolan do grupo progressivo Pendragon.
Trata-se de uma Opera-Rock muito parecida com os primeiros trabalhos
de Rick. Alguns trechos lembram muito o No Earthly Connection de
1976. O disco tem várias participações como por exemplo Peter Banks,
o primeiro guitarrista do Yes. Rick Wakeman também faz participação
no disco, mas apenas como narrador! Uma verdadeira curiosidade.
Indispensável para os fãs do Progressivo. Oliver tem vários projetos
para o futuro próximo, incluindo um outro trabalho com Clive Nolan.
Vamos aguardar. Para saber mais sobre Rick Wakeman visite o site
oficial em inglês www.rwcc.com. Nele é possível ver a discografia
“quase” completa de Rick (oficial e até alguns piratas) com todas as
capas dos discos e dados sobre as gravações, além de notícias sobre
suas últimas atividades e um catálogo para a compra de CDs.