Verme pode ajudar a tratar artrite reumatóide, diz
estudo
15 de novembro de 2008 | Autor: antonini
É possível que um verme traga algum tipo de benefício terapêutico a
qualquer pessoa, pois considerando-se que o potencial farmacêutico
dos componentes da flora e da fauna terrestre é muito pouco
conhecido, qualquer substância, ainda que possa ser a mais bizarra
ou a mais improvável possível, pode trazer benefícios no tratamento
de doenças.
Uma molécula secretada por vermes do tipo nematóide pode ajudar no
desenvolvimento de um tratamento mais eficaz para tipos de artrite
com inflamação.
Os vermes nematóides são os causadores da elefantíase e, segundo os
especialistas, a molécula ES-62 já circula no sangue de milhões de
pessoas infectadas com o verme nos trópicos.
A equipe de cientistas, das universidades de Glasgow e Strathclyde,
afirma que doenças auto-imunes, como artrite reumatóide e esclerose
múltipla tendem a ser raras em países onde infecções provocadas por
vermes são endêmicas.
Eles acreditam que a molécula ES-62 pode ser chave na prevenção
dessas doenças e pretendem produzir uma derivativa sintética da
substância que poderia ser usada para combater artrite reumatóide.
Segundo os especialistas, a presença da molécula ES-62 no organismo
não provoca efeitos colaterais e nem inibe a habilidade de as
pessoas infectadas lutarem contra outras infecções.
Iain McInnes, um dos pesquisadores envolvidos no projeto, disse que
a molécula ES-62 parece agir como um termostato que combate doenças
inflamatórias, deixando os essenciais mecanismos de defesa intactos
para lutar contra outras doenças e o câncer. “Essa propriedade
também faz da molécula uma ferramenta única para que cientistas
identifiquem como tais doenças inflamatórias ocorrem”.