Astrônomos vão inserir um segundo extra no ano de 2008
10 de dezembro de 2008 | Autor: antonini
Na madrugada do próximo dia 1º de janeiro, quando fogos de artifício
estiverem clareando o céu, a noite será mais longa. Um segundo mais
longa, para ser preciso, segundo o consórcio internacional que
administra o TUC (Tempo Universal Coordenado).
da Folha de S.Paulo
Na madrugada do próximo dia 1º de janeiro, quando fogos de
artifício estiverem clareando o céu, a noite será mais longa. Um
segundo mais longa, para ser preciso, segundo o consórcio
internacional que administra o TUC (Tempo Universal Coordenado).
O segundo extra não será alívio para quem precisar de tempo para
se recuperar de uma ressaca, mas é necessário para coordenar
sistemas de informação que requerem grande precisão, como o
sistema de localização GPS e o protocolo NTP (a hora unificada da
internet).
A decisão de tornar 2008 um segundo mais longo foi confirmada
agora pelo Observatório Naval dos EUA, uma das entidades
integrantes do Iers (Serviço Internacional de Rotação da Terra e
Referência de Sistemas).
A necessidade de adicionar tempo à duração oficial do dia 31 é
coordenar os dois sistemas de medida cronológica que existem hoje.
Um leva em conta a rotação da Terra e outro toma como base
relógios atômicos, muito precisos. O problema é que a rotação da
Terra está reduzindo de maneira extremamente sutil, e com o passar
dos anos as horas atômica e terrestre saem de sincronia.
Desde 1972, quando foi criado o TUC, segundos extras foram
adicionados ao tempo atômico várias vezes para que o descompasso
entre os dois relógios nunca fosse maior que um segundo. A última
vez foi em 2005.
O ano de 2008, porém, será o mais longo desde 1992, a última vez
que um ano bissexto ganhou ainda um segundo extra. Sistemas que
estão em sincronia com o Escritório Internacional de Pesos e
Medidas, em Paris, o administrador do UTC, não precisam acertar o
ponteiro “manualmente”, pois relógios atômicos cadastrados na
entidade transmitirão a informação automaticamente.