A Origem do Cristianismo
20 de abril de 2009 | Autor: antonini
É um livro do escritor Iakov Lentsman, editado em
Lisboa pela Caminho, sobre as origens da seita cristã iniciada entre
pescadores judeus.
Por
Padre Jean Melier
O livro traz o resultado das investigações de teólogos e historiadores
sobre os documentos e monumentos que esclareçam as origens da religião
cristã.
Surpreendentemente não foi encontrada qualquer documentação ou monumento
que comprove os relatos bíblicos, especialmente os relativos ao Novo
Testamento e à história de Cristo. Os escritores e historiadores dos
povos que conviveram com os cristãos não mencionam nenhum Jesus Cristo,
nem se referem aos cristãos na palestina durante os primeiros duzentos
anos da era cristã.
Judeus e romanos, povos cultos, contando com escritores e historiadores,
nunca poderiam ignorar os fatos narrados no Evangelho, pois fatos
menores tiveram registro. Os romanos eram ciosos do seu Direito, o
famoso direito romano, entretanto não existe o processo do fundador do
cristianismo, Jesus Cristo. O historiador judeu Flávio Josefo foi
historiador dedicado que narrou os fatos mais importantes de sua época
mas não menciona nenhum Jesus Cristo ou outro profeta cristão morto nas
condições descritas no Evangelho. E Flávio Josefo viveu exatamente na
época em que Jesus teria vivido e fundado cristianismo.
O único documento existente é o próprio Evangelho escrito e reescrito
pelos próprios interessados mais de um século depois dos fatos, mas
mesmo os evangelhos não existem mais no original, nem mesmo uma cópia
nas línguas originais. As cópias mais antigas datam de 400 anos depois
da suposta morte de Jesus e são a cópia da cópia, escolhidas entre
inúmeras outras pelos bispos católicos reunidos em concílio. Existe uma
cópia no Vaticano de alguns livros e outra na Inglaterra.
Tudo indica que Cristo é um mito criado pelos escravos judeus do Império
Romano. Em torno deste mito formou-se uma seita dissidente do judaísmo
tradicional. Posteriormente o Império decadente adotou o cristianismo
como religião oficial e organizou sua difusão pelo mundo. Difusão que
dura até hoje.
É surpreendente que existam pessoas que acreditem em textos de origem
duvidosa, escritos muito depois dos fatos que dizem descrever,
mencionando personagens que provavelmente nunca existiram; textos cujos
originais se perderam e que narram acontecimentos contados como
verdadeiros por escravos analfabetos do Império Romano. É estranhíssimo
considerar tais escritos como verdade sagrada e absoluta.
O que as pesquisas científicas comprovam é que o cristianismo se
originou entre os judeus expulsos da Palestina, residentes na Ásia Menor
e no Egito. Não havia, originalmente, cristãos na Palestina, onde são
minoria até hoje. Entre os judeus dispersos, escravos do Império Romano,
desencantados com o judaísmo, surgiu a seita pregando que o Messias
Salvador – esperando mas nunca vindo – era um ser divino – o Cordeiro de
Deus. O livro mais antigo do Novo Testamento, o Apocalipse, escrito
nesta época, identifica as sete igrejas da Ásia onde a seita cristã
nasceu. Interessante é que o livro não menciona Jesus Cristo, justamente
porque foi escrito antes do surgimento do mito evangélico. Mesmo contra
a vontade da hierarquia eclesiástica o livro foi incluído na Bíblia
devido ao respeito que lhe era devido pela maioria dos fiéis.
Os textos do Novo Testamento foram redigidos pelos padres depois que o
Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano, conforme as
conveniências do governo imperial. Como religião oficial passou a
controlar todo o mundo acadêmico, tornando-se senhora das escolas e
controladora do saber científico, filosófico e até militar, através das
cruzadas para ocupar a Palestina. Em conseqüência deste controle que
durou aproximadamente mil anos, os escritores e cientistas foram
forçados a se tornarem religiosos para poder estudar e trabalhar. Sendo
assim, os textos evangélicos trazem muitas orientações verdadeiras,
muitos bons pensamentos ao lado de muitos preconceitos e falsificações
de todo tipo. Era tão freqüente a falsificação que o autor do Apocalipse
introduziu no final do texto uma praga contra os copistas que
suprimissem ou acrescentassem qualquer palavra ao texto original.
A Origem do Cristianismo, cita os fatos que comprovam a gigantesca farsa
que é o mito evangélico. Uma ideologia eficaz para exercer o controle
social, transferindo para um “outro mundo” imaginário e futuro, a
solução dos problemas reais do mundo do presente.
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