Caravela baiana…
1 de junho de 2009 | Autor: antonini
Esse texto veio por email, por
ocasião do fiasco das comemorações dos 500 anos do “descobrimento”
do Brasil. É muito engraçado, apesar de insultar os baianos.
Os Baianos que me perdoem, mas esta crônica abaixo ficou legal…
Retrata bem a capacidade baiana para o trabalho… Pois, 500 anos
depois, os baianos se meteram a construir uma caravela.
Ela seria uma replica da nau capitania de Cabral com algumas
pequenas modificações. A primeira delas, dois potentes motores,
aperfeiçoamento que nem o infame Dom Henrique, que era um
visionário, se atreveu a imaginar.
A caravela dos baianos custou 4 milhões de reais, mais que toda a
frota de Cabral. Mas enfim, Antônio Magalhães garantiu aos baianos
que dinheiro não seria o problema. Iríamos inaugurar a era das
caravelas de luxo.
O problema é que a caravela dos baianos não se mexia. Primeiro não
saia do porto. Depois teve que ser rebocada. E por ultimo ficou a
deriva a 70 Km da costa. Se dependesse dos baianos, Cabral jamais
descobriria o Brasil. Seguindo o tradicional modelo brasileiro,
antes de um carpinteiro foi contratado um almirante, para dar
respeito ao empreendimento.
Depois, usando vasta experiência que os baianos tem em espetáculos e
trios elétricos, foi preparada uma serie de apresentações
espetaculares para a caravela que ainda não tinha sido construída. O
primeiro show seria na festa-fiasco do Descobrimento. Provavelmente,
de acordo com o plano oficial, os índios seriam espancados dentro da
caravela, o que impediria a fuga da maioria.
Os portugueses levaram 6 meses para construir uma caravela. Como
hoje temos serras e furadeiras elétricas, tornos automáticos e
outros requintes, os baianos calcularam que levariam três anos. A
caravela foi construída na Escola Naval, porque longe dos órgãos
oficias não se consegue fabricar nada nesse Pais. Assim, três dias
antes da festa do Descobrimento a caravela baiana foi lançada ao
mar. Desde o primeiro momento revelou uma tendência para o
naufrágio. tanto e que houve gente que sugeriu que se trocasse o
nome para Titanic.
Quando ela se pôs a dançar feito um barril de madeira, foi que os
construtores se deram conta que haviam se esquecido do lastro. Treze
toneladas de chumbo foram postas nos porões da caravela baiana, que
parou de rebolar. Mas, como ainda assim tinha tendência a emborcar,
colocaram mais 10 toneladas de chumbo, com o que, felizmente, a nau
estabilizou. Não havia mais chumbo na Bahia. A todas essas, a Festa
do Descobrimento veio, espancou e passou. A nau não pode cumprir o
seu primeiro compromisso.
Mas os construtores garantiram que ela estaria presente na primeira
missa. Finalmente, auxiliada por um rebocador, a caravela deixou a
Baia de Todos os Santos e galhardamente tomou o rumo de Cabralia. Ai
um novo detalhe se fez notar. os baianos tinham inventado a primeira
caravela sem velas. Tão logo se afastou da costa, o mastro principal
quebrou só com a forca da brisa. Consertado as pressas, não se sabe
se com durex ou super bonder, o mastro se manteve em pé, enquanto o
capitão ordenava que ligassem os motores.
Com os motores ligados, a caravela passou a tremer como um doente de
malária. Ela só não desmanchou porque o primeiro motor quebrou e o
segundo, tão logo foi acionado, parou em poucos segundos. Alguém
havia confundido os encanamentos e o motor foi abastecido com água.
Não se sabe quantos marinheiros com sede beberam óleo diesel.
Como nada funcionava, a nau ficou a deriva, ou seja, passou a
velejar a baiana. Diante deste novo imprevisto, o capitão decidiu
novamente chamar um rebocador. Então ficou constatado mais um
aperfeiçoamento dos construtores baianos. Puxada por um rebocador,
ela se conduziu as mil maravilhas, nem afundou, nem nada. Mas,
lamentavelmente não pode comparecer ao seu segundo compromisso. No
dia seguinte, o almirante encarregado da construção do barco
explicou que faltou tempo para a construção. A pressa da nisso.
Se ao invés de 3 anos os baianos tivessem seis, a caravela estaria
vendendo acarajé na Baia de Todos os Santos. O procurador federal
resolveu abrir inquérito para apurar responsabilidades. Ate o
inquérito ser concluído, os baianos pretendem provar que Cabral
chegou ao Brasil puxado por um rebocador. Ate lá, a caravela baiana
ficara no seco, onde ela, alias, funciona muito bem. Que isso sirva
de advertência para a Ford, que trocou a habilidade gaúcha pela
baiana. Se os gringos não tomarem providencias, os baianos vão
construir o primeiro Ka a vela.
A tragédia pior acontecerá em 2004, quando o vôo do Santos Dumont
completar cem anos e os baianos resolverem construir uma replica do
14 bis…
alguem pode me ajudar nisto:
como se constroi uma caravela
o cotidiano dos marinheiros a bordo
que consequencias geravam?
e sobre caravelas
Rapaz, você me deixou curioso! Acho que no livro do Julierme de Abreu e Castro, História Geral Ilustrada, tem alguma coisa.
Seja lá qual for a autoria, vale a este(a) cidadão, uma simples advertência. Texto ridículo! Me sinto, sim, ofendido, enquanto baiano e enquanto BRASILEIRO.
É RIDÍCULO o texto, ridículo quem o escreveu, e ridículo o dono do blog que se dispõe a aceitar e ainda achar engraçado um absurdo destes…
Seu protesto foi publicado na íntegra. Apenas uma observação: o autor desta brincadeira é BAIANO e a escreveu para protestar contra o que ele chamou de venda subvalorizada da mão de obra e da capacidade baiana para o trabalho, pois a FORD saiu do RS por causa dos baixos salários praticados na Bahia. O autor mora em Curitiba há muitos anos, mas sente muita saudade e muito orgulho de ser baiano e a brincadeira foi jogada sobre o ex-ministro da cultura Rafael Greca, um curitibano, pois foi ele quem, junto com a escola naval, construiu a tal caravela do fiasco.