Cientistas da NASA encontraram água
na superfície da Lua.
Mas calma: quando eles dizem água, querem dizer moléculas.
Apesar de não se
tratar dos rios, mares e lagos que normalmente a palavra “água” pode
evocar na imaginação dos terráqueos, a descoberta é um grande passo
para a melhor compreensão da Lua – e quem sabe sua futura exploração
como base de lançamentos para outras regiões do Sistema Solar.
nstrumentos a bordo de três naves diferentes revelaram moléculas de
água em quantidade bem maior do que o previsto – mas ainda assim, um
volume bastante pequeno. Além de H2O, foram encontradas moléculas de
hidroxila, compostas de um átomo de oxigênio e outro de hidrogênio.
O mais interessante é que as moléculas de água estão na superfície
lunar, interagindo com a poeira e com as pedras. Elas foram
encontradas em diversas áreas da região ensolarada da Lua, e sua
presença era mais forte quanto maior a latitude.
Apesar da quantidade não ser conhecida com precisão, a NASA afirma
que ela não deve ser muita. Para se ter uma ideia, se uma tonelada
da camada superficial da Lua fosse recolhida, haveria nela menos de
um litro de água.
Imagem mostra jovem cratera lunar vista pelo instrumento Moon
Mineralogy Mapper, a bordo do Chandrayaan-1 spacecraft. À esquerda,
o brilho em comprimentos curtos de ondas infravermelhas. À direita,
a distribuição de materiais ricos em água (azul) é mostrada o redor
da cratera. Foto: ISRO/NASA/JPL-Caltech/USGS/Brown Univ
A descoberta foi anunciada em coletiva de imprensa hoje e publicada
na revista Science. A confirmação de moléculas de água e de
hidroxila a estas concentrações nos pólos lunares levanta novas
questões sobre sua origem e seus efeitos – sem falar na importância
simbólica do achado: apesar da presença de gelo no satélite natural
da Terra já havia sido anunciada em 1998, encontrar água líquida na
Lua é quase um Santo Graal para os astrônomos.
O instrumento Moon Mineralogy Mapper, ou M3, foi o primeiro a
reportar o achado. Lançado no dia 22 outubro de 2008 a bordo da nave
Chandrayaan-1, da agência especial indiana, ele mediu a luz
refletida pela lua em infravermelho. Dividindo as cores da
superfície lunar em pequenos pedaços, ele revelou detalhes da
composição do solo.
Aos analisar os dados do instrumento, a equipe do M3 viu que os
comprimentos de onda da luz sendo absorvida eram consistentes com o
padrão de absorção de moléculas de água e hidroxila. Para confirmar
as informações, a nave Cassini foi acionada. Com seu espectrômetro
de mapeamento visual infravermelho, ela confirmou os dados. Outro
espectrômetro, a bordo da EPOXI, também confirmou a descoberta.
Para a NASA, a presença das moléculas de água e hidrozila na
superfície lunar é um fato sem margem para erros.
Um Comentário
[…] das ponderações acima, existe também a contradição encontrada neste artigo da NASA, no qual a agência espacial norte-americana relata a descoberta de moléculas de água na […]