José
do
Patrocínio: o patriarca da
abolição da escravatura
Farmacêutico,
Tribuno e
Jornalista.
Nasceu em Campos, Estado do Rio de Janeiro, em 9 de outubro de 1853, e
morreu no Rio de Janeiro, em 29 de janeiro de 1905.
Aos treze anos de idade transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde
conseguiu emprego na Santa Casa de Misericórdia.
Matriculou-se na Faculdade de Medicina, fazendo aí o curso
de
Farmácia.
Em 1877, ingressou na “Gazeta de
Notícias”. Em 1881,
seu sogro, Capitão Emílio Rosa de Sena,
emprestou-lhe
dinheiro, com o qual José do Patrocínio adquiriu
o jornal
“Gazeta da Tarde”, fundado por Ferreira de Menezes,
iniciando nele a campanha abolicionista.
Inflamado pelos ideais por que lutava, além de escrever no
jornal, realizou diversas conferências públicas,
propiciou
a fuga de escravos e constituiu centros abolicionistas em
várias
localidades do Brasil. Colheu os frutos de sua
dedicação
e desprendimento no dia 13 de maio de 1888, ao ser sancionada a Lei
Áurea. Era o epílogo de uma longa luta contra a
escravatura no Brasil, luta esta da qual patrocínio fora um
dos
maiores combatentes.
Veio a república e Patrocínio prosseguiu suas
atividades
sociais. Nas colunas do jornal “A Cidade do Rio”,
que havia
fundado, lutou pela aplicação de um programa
liberal.
Acusado de um movimento contra o Marechal Floriano Peixoto, em 1892,
viu-se deportado para Cacuí, no amazonas.
Já no fim da vida, passou a interessar-se por uma atividade
bem
diferente das anteriores: a navegação
aérea,
chegando a construir um balão, o “Santa
Cruz”. Tal
empreendimento, contudo, não conseguiu vingar.
Escreveu, ainda, três livros: Mota Coqueiro, Os Retirantes e
Pedro Espanhol. O primeiro, contra a pena de morte; os outros dois
referem-se a problemas sociais.
Nome completo: José
Carlos do Patrocínio.